Capítulo 161
No camarote de luxo em Mundo Nublado, uma luz tênue e sombria preenchia o ambiente, criando um arrepiante senso de
medo. Vania foi empurrada para dentro e avistou Daniel sentado no sofá, as pernas cruzadas com despreocupação.
Ele emanava uma preguiça intimidante e uma aura gélida, como se fosse feito de gelo. Seu rosto bonito estava sombrio e frio,
segurando um cigarro entre os dedos, cuja brasa laranja queimava, como se estivesse queimando dentro do coração dela.
Mesmo antes de entrar, o coração de Vania já estava em chamas pelo pânico que o ambiente provocava.
Aos pés de Daniel, uma mulher ajoelhada, vestida de maneira profissional, mas com os cabelos em desalinho e um olhar tenso
e desamparado. Vania reconheceu imediatamente essa mulher: era Viviana!
Ao ver o estado deplorável de Viviana, as pernas de Vania fraquejaram e, com um baque, ela se ajoelhou ao lado dela, aos pés
de Daniel. Mesmo sem uma palavra de Daniel, ela já tremia de medo.
Viviana lançou um olhar lacrimoso para Vania ao seu lado, notando seu rosto inchado e vermelho, os olhos tão inchados que
pareciam de
um sapo.
Inicialmente, Viviana não a reconheceu, até que, observando suas roupas e aparência, identificou–a como Vania. Pensando
que tinha sido obra dos capangas de Daniel, o coração de Viviana saltou, e ela baixou a cabeça.
Daniel apagou a ponta do cigarro no cinzeiro, com uma voz fria como geada: “Eu mandei você ajoelhar?”
“Senhor Griera, uma figura tão nobre, você não merece estar ajoelhada diante dele!” Bruno entendeu o recado, aproximou–se e
deu um chute no ombro de Vania, arremessando–a metros de distância contra a parede, onde ela caiu ao chão.
Ela cuspiu sangue imediatamente, caída, implorou por misericórdia: “Senhor Griera, por favor, poupe minha vida. Pelo amor de
Deus, eu sou prima de Olivia, me perdoe.” Sua voz tremia, e ela nem se atrevia a chorar.
Depois do que Olivia lhe disse, Vania presumiu que Daniel a procurava para acertar as contas por aquele assunto. Se ela
continuasse a esconder a verdade, Daniel poderia realmente matá–la. Ela estava aterrorizada.
Antes que pudesse terminar de falar, Viviana lançou–lhe um olhar sério e tenso.
Era tarde demais para recuar. Bruno deu um passo à frente, agarrou a gola de sua roupa e a ergueu do chão, perguntando:
“Olivia é apenas uma faxineira do Grupo Griera, que prestígio ela tem pra oferecer?”
Ao ver o olhar gelado e assassino no rosto de Bruno, e sabendo que ele agia sob ordens de Daniel, Vania percebeu que mesmo
que ele a matasse, seria por vontade de Daniel, Daniel era poderoso e influente, matá–la seria tão simples quanto esmagar
uma formiga. Vania estava tão assustada que seus lábios tremiam, e ela falou em pânico: “Olivia é a mulher que o Senhor
Griera tem procurado todo esse tempo, há cinco anos, quando Senhor Griera acabou naquele barracão, a mulher com quem ele
dormiu era Olivia.
Senhor Griera não queria compensá–la? Eu sou da família dela, se você me machucar, Olivia ficará triste...”
Viviana, com uma expressão grave e tensa, advertiu: “Vania, você sabe o preço de mentir?”
Vania estava completamente desordenada, sem racionalidade para analisar a situação. Ela só sabia que Daniel já tinha
descoberto que Olivia era a mulher daquela noite. Admitir a culpa agora poderia resultar em uma punição mais leve. Se ela
persistisse em sua teimosia. certamente teria um fim terrível.
Vania começou a chorar e confessou tudo: “Cinco anos atrás, eu ouvi a secretária Pereira falando ao telefone que a mulher com
quem o Senhor Griera dormiu tinha morrido, foi aí que soube que o Senhor Griera tinha estado com Olivia e estava procurando
por ela. Para manter minha boca fechada, a secretária Pereira me deu cinquenta milhões para guardar segredo e colaborar com
ela na farsa de que Olivia estava
morta.
Eu não deveria ter enganado o Senhor Griera por dinheiro, eu sei que errei, por favor, Senhor Griera, me perdoe...”
Quando Vania soltou o verbo e contou tudo, Viviana ficou uma pilha, uma mistura de nervosismo e raiva. Ela até quis calar a
boca de Vania, mas Bruno segurava ela firme, não dava nem pra chegar perto. Desesperada, com o coração na boca, ela ainda
tentou se defender: “Sr. Griera, ela tá viajando na maionese, essa mina não tem moral não.”
Capitulo 162