Capítulo 170
Daniel lançou um olhar furtivo para o peito dela, recordando–se do incidente no Mundo Nublado, quando, ao se inclinar para
servir–lhe uma bebida, quase revelara uma visão encantadora. Sua bochecha se ruborizou involuntariamente è, com uma voz
ainda mais rouca, ele disse: “Mantenha–se ereta, sem se inclinar, assim nada ficará exposto.”
Olivia concordou rapidamente: “Ah, entendi.” Então, virou–se para a janela, tentando esconder o rubor de seu rosto.
O carro alcançou o topo da montanha, onde um conjunto de mansões se estendía ao redor, envolto por vegetação verdejante,
paisagens deslumbrantes e ar puro.
Sentada no carro, Olivia observou as mansões passarem, cada uma mais imponente e majestosa, como castelos da nobreza.
Quando o veiculo parou no topo da montanha, ela avistou uma mansão que se destacava, um castelo palaciano que superava
em altura, grandiosidade e luxo todas as outras ao redor. Era a primeira vez que Olivia via uma residência tão suntuosa e ficou
ligeiramente surpresa. –
Desde que se tornara mãe, tudo o que via a fazia pensar nos filhos.
Ela não pôde deixar de imaginar que, se seus quatro filhos morassem em uma mansão tão luxuosa, certamente seriam mais
felizes do que no seu pequeno apartamento alugado. Aqui, haveria espaço de sobra para correr e brincar à vontade, ao invés
de ficarem confinados num quarto apertado, brincando desinteressadamente com seus brinquedos.
No entanto, Olivia sabia que Daniel não gostava de crianças; ele só consideraría que são barulhentas. Mais do que uma casa
grande, as crianças precisavam de amor e companhia. Daniel não poderia oferecer–lhes amor, apenas aumentaria a sensação
de derrota e desolação, talvez até de inferioridade. Eles eram seus quatro tesouros preciosos e ela jamais permitiria que alguém
lhes fizesse mal. Era melhor que ficassem ao seu lado.
Antes de ter certeza de que Daniel poderia gostar de seus filhos, ela jamais the contaria sobre eles.
Atravessando um jardim e subindo degraus de cerâmica, adentraram a mansão. A decoração era opulenta e extravagante, com
lustres de cristal reluzentes e tapetes de lã macios, uma mistura de luxo com aconchego.
Olivia seguiu Daniel até o hall, onde dois idosos estavam sentados no sofá. A avó segurava uma bengala e sorria
afetuosamente, enquanto o avô, ao lado dela, mantinha uma postura firme e uma expressão amigável.
Ao ver o avô, Olivia sentiu uma sensação de familiaridade. Rapidamente, lembrou onde o tinha visto antes: no escritório do
presidente do Grupo Griera.
O Sr. Griera mais velho, mantendo um sorriso acolhedor, franziu a testa ao vê–la.
A avó Griera, ansiosa por sua chegada, recebeu–a com um sorriso ainda mais caloroso e carinhoso: “Então esta é a nossa
neta, tão bonita. Venha cá, deixe a vovó dar uma olhada.”
A preocupação constante dos Griera era que Dániel não se casava e parecia desinteressado em mulheres. Finalmente, ao ver
uma mulher acompanhando–o, a avó Griera ficou eufórica.
Recebida com entusiasmo pela avó Griera, Olivia sorriu timidamente, mas olhou para Daniel em busca de aprovação. Daniel
apresentou: “Estes são meus avós.”
E, dirigindo–se aos avós, disse: “Vovô, vovó, esta é a mulher de quem falei, Olivia.”
“Que bom, que bom, a vovó gosta muito de você. Venha cá, sente–se ao lado da vovó,” convidou a avó Griera, acenando.
Olivia lançou mais um olhar para Daniel, que lhe deu um leve aceno de cabeça. Ela se aproximou com um sorriso doce, mas,
infelizmente, tropeçou no vestido longo e caiu para frente com um “ploft“, ajoelhando–se no chão exatamente entre o avô e a
avó Griera.
Capítulo 171