Capítulo 498
Daniel exalava uma aura ameaçadora que enchia o ambiente, sua voz grave e enfurecida ressoando como um terremoto,
fazendo parecer que o mundo estava desabando ao redor.
Natália, aterrorizada e ciente de seu equívoco, compreendeu que Daniel a mandava embora e disparou em direção à porta do
escritório.
Olivia também ficou aterrorizada com a fúria e o semblante gélido de Daniel, pensando que era com ela que ele estava irritado.
Virou–se e, quase correndo, começou a se afastar.
Mas só conseguiu dar alguns passos antes de sentir uma dor aguda na nuca, como se tivesse sido agarrada.
Olivia parou abruptamente, rangendo os dentes de dor, cada respiração marcada pelo sofrimento.
Antes que pudesse reagir, foi puxada pelo homem, que segurava sua nuca firmemente, fazendo–a tropeçar e cair contra o peito
forte dele.
A intensidade daquela força a envolvia com uma sensação de perigo.
Seu coração disparou. “Sr. Griera, se acalme...“, ela tentou dizer, sua voz trêmula de medo.
A mão de Daniel, grande como uma tenaz, deslocou–se para o seu queixo, pressionando com força e deformando seu rosto.
Seus olhos sombrios e furiosos a encaravam. “Fala, onde escondeu o Sergio?”
O hálito frio dele a atingia como agulhadas, provocando pânico.
Olivia levantou as mãos, tentando aliviar a pressão da mão dele, para que não doesse tanto.
Mas sua força era insignificante diante dele, tão irrelevante quanto a de um inseto.
Sofrendo com a dor e o medo intenso, ela disse em pânico: “Eu não sei, eu não sei onde o Sergio está...”
“Não vai falar a verdade!” Daniel apertou os dentes, seu olhar tornou–se ainda mais intenso, e a força em sua mão aumentou.
Olivia mal conseguia respirar de tanta dor e implorou: “Eu realmente não sei onde ele está. Depois que o encontrei do lado de
fora do shopping, eu fui embora e não sei para onde ele foi, nem tive mais contato...”
“Ah é? Não foi ele que foi a um lugar para te esperar, para que vocês fugissem juntos?” Daniel estava tenso, seu olhar
penetrante a fixava tentando ver através dela.
Ela até aceitou um presente de Sergio, um tesouro passado de geração em geração na família Griera. Como poderia dizer que
não tinha planos de fugir com ele?
Desesperada, Olivia negou enquanto aguentava a dor: “Não, não é isso. Eu jamais fugiria com
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ele.”
“Então me mostre como é que não pode!” Daniel a soltou com um grunhido.
Olivia tropeçou para trás, tocando o queixo dolorido, respirando com dificuldade e encarando–o
atônita.
Daniel, em sua fúria, parecia um rei capaz de comandar a vida e a morte, um homem que com um simples gesto poderia
esmagá–la. O medo tomava cada célula do corpo de Olivia.
“Como... como posso provar?” Ela perguntou, assustada, sem entender o que Daniel quería.
Daniel puxou a gravata com irritação, seu olhar de águia fixo nela, emanando uma pressão esmagadora: “O que você sugere?”
Nervosa, Olivia aproximou–se dele, apertando as palmas das mãos suadas e dando passos hesitantes em sua direção. Ao
chegar perto, foi envolvida pelo poderoso aroma de sua masculinidade, uma influência avassaladora que afetava seus sentidos.
Seu coração, já tenso, começou a bater descontroladamente, e a respiração acelerou.
Seu corpo parecia especialmente sensível àquela presença masculina forte.
Daniel permaneceu imóvel, observando–a se aproximar com um olhar penetrante e uma presença ameaçadora.
Quanto mais perto chegava, mais acelerado ficava o coração de Olivia, seus nervos esticados ao ponto de quase romper. Ela
queria correr, sabendo que estar longe dele significava estar longe do perigo. Mas ela não ousava.