Capitulo 513
O taxista engoliu o palavrão que já lhe chegava aos lábios, sufocado pela própria garganta.
O homem, de passos largos, aproximou–se do veiculo, lançando um olhar cortante e gélido para dentro do carro, e, em
seguida, sua aura tornou–se ainda mais sombria e aterradora.
O motorista baixou o vidro prontamente, com um cuidado meticuloso, e disse: “Senhor, posso ajudar em alguma coisa?”
Bruno chegou logo depois e, ao ver o carro vazio, percebeu a gravidade da situação, perguntou com um tom sério: “Cadê os
passageiros que estavam aqui?”
O taxista respondeu: “Quando eu estava esperando no semáforo, duas mulheres com crianças embarcaram. Mas assim que
passamos o sinal, elas pediram para descer as pressas.”
O motorista ainda resmungava, irritado por se sentir enganado, pensando que tinha sido feito de bobo.
Disseram que precisavam de uma corrida, mas desceram antes mesmo de rodar quinhentos
metros.
Não se zangou porque o pagamento foi generoso.
Por uma distância de apenas algumas centenas de metros, deram–lhe cem reais e disseram para ele não se preocupar com o
troco, pareciam muito apressadas.
*Para onde foram?“, perguntou Bruno.
“Me parece que entraram num ônibus, eu não prestei muita atenção“, disse o motorista, que. diante da presença imponente e
gelada do homem à frente do carro, começou a suar frio, sentindo os músculos tremerem involuntariamente.
Ou seja, num trecho de menos de um quilômetro, Olivia e a criança trocaram de veículo duas
vezes.
Tudo para evitar serem encontradas por Daniel.
Bruno olhou para Daniel com urgência e disse: “Sr. Griera, tem um pedágio logo à frente, voul entrar em contato e pedir uma
inspeção rigorosa nos táxis e ônibus.”
Daniel, com rosto severo e gelado, respondeu com firmeza: “Vá!”
Sua voz, sob o manto denso da noite, era fria e assustadora.
Era a primeira vez na vida de Daniel que alguém o ludibriava e frustrava dessa maneira.
E tinha sido uma mulher a fazê–lo dançar conforme a música.
Ah, Olivia, se gosta tanto desse jogo de gato e rato, então eu vou jogar com você até o fim. Agora, sentia o sangue fervendo
nas veias, ansioso para capturá–la, despedaçá–la e devorá–la.
16:33
Bruno ligou rapidamente.
Pensava que, ao revisar as câmeras de segurança e descobrir que Olivia havia pegado um táxi, seria fácil trazer ela e a criança
de volta, mas a situação se mostrou mais complicada do que
imaginava.
Olivia, que sempre parecia uma moça simples e distraida no trabalho, mostrou–se incrivelmente astuta em um momento critico.
Ela havia enganado até mesmo Daniel com sua astúcia.
Sob a aura gelida de fúria de Daniel, Bruno sentia um frio na espinha, mantendo os nervos á fior da pele, sem ousar relaxar um
só instante, temendo que a ira de Daniel pudesse explodir a
qualquer momento.
Mas pensando bem, fazia sentido; Olivia conseguira esconder quatro crianças sob o nariz de Daniel, e isso exigia uma coragem
e uma inteligência fora do comum.
Ate ele tinha sido enganado, acreditando que as crianças fossem de Jimena.
Antes de Daniel ordenar a perseguição a Olivia, Bruno nem sequer entendia o que estava acontecendo.
Foi só ao ver a raiva contida e explosiva de Daniel, e depois ao verificar as câmeras de segurança e assistir à fuga de Olivia
com as quatro crianças, que ele entendeu: aquelas crianças não eram de Jimena, mas sim de Olivia.
E havia apenas uma razão para Daniel procurá–las tão desesperadamente: as crianças de Olivia eram filhas de Daniel!
Fugindo com os filhos de Daniel.
Antes desse incidente, Bruno sequer podia imaginar alguém sendo tão ousado.
Ela não teria que Daniel pudesse matá–la?
Enquanto lamentava por Olivia, Bruno ligava para o pedágio, instruindo–os a inspecionar cada Ônibus e táxi que passasse.