Capítulo 58
Olivia estava prestes a dizer que também tinha sido forçada, mas ao ver o olhar sério e esperançoso de Teresa, ela calou boca.
“O que é isso? Desembucha, minha filha, quem é o pai das crianças? Por anos você se recusa a falar dele! Mesmo que você
não quer mais nada com ele, pelo menos deveria fazer o cara assumir a responsabilidade de criar os filhos.”
Teresa pressionava, porque se Olivia encontrasse o pai das crianças, talvez ele iria assumir uma parte da responsabilidade e
ela não precisaria trabalhar tanto,
*Já disse que não sei, mãe, para de me perguntar isso.” Olivia já estava cansada dessa conversa repetida.
Se soubesse quem era o pai, já teria ido atrás dele.
Ela não podia contar a Teresa que tinha sido violentada na própria casa, porque isso deixaria ela ainda mais devastada,
chorando sem fim.
“Você não me dá sossego mesmo, né?” Teresa suspirou, chateada.
Quantas vezes já tinha perguntado, e Olivia nunca falava quem era o tal canalha que abandonou as crianças!
Durante o café da manhã, os pequenos comiam com gosto.
Olivia estava feliz em servir comida para eles.
Teresa disse: “Já que você está de folga, vamos aproveitar para visitar nossa antiga casa hoje.”
“Por que a gente vai lá?” perguntou Olivia, curiosa.
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“É o aniversário de morte da sua prima Sofia, sua tia ligou pedindo para a gente ir lá prestar nossas homenagens.” explicou
Teresa.
Ao ouvir o nome da prima Sofia, Olivia ficou triste e seu sorriso desapareceu.
Sofia era filha de sua tia Mirella Rocha e do tio Pablo Torres, que adoravam a menina. Eles eram uma família feliz até que Sofia,
ainda criança, caiu em um lago enquanto brincava fora de casa e se afogou, já que ninguém estava por perto para salvar ela.
Por causa dessa tragédia, o tio Pablo ficou doente de dor e morreu alguns anos depois, deixando apenas a tia Mirella.
Todos os anos eles visitavam os túmulos de Sofia e Pablo.
Depois do café, Olivia comprou as passagens de trem para voltar.
A família toda caminhou até a entrada da vila, quando um carro de luxo passou por eles.
Passou tão perto de Olivia que quase atropelou ela.
Por sorte, ela foi rápida e déu uns passos para o lado, evitando cair no chão.
Olhando para trás, viu o carro preto parando na praça da entrada da vila.
Muitos moradores estavam lá, se divertindo, conversando, dançando.
Capitulo 58
A porta do carro se abriu e uma mulher fashion e sensual saiu, com maquiagem carregada, batom vermelho e óculos escuros,
usando salto alto de oito centímetros.
Mal saiu do carro e já jogou o cabelo para trás, dizendo: “Ai, essa vida de luxo também cansa, viu? To até com dor nas costas.”
“Olha se não é a Vania! Que carro é esse, hein? Nunca vi uma máquina dessas na vida.” Um dos mais velhos se aproximou,
com os olhos brilhando, admirando o carro e depois olhando para Vania com espanto,
“Ah, é um Audi, custou meio milhão.” Vania falou com um sorriso arrogante no rosto, e fez questão de enfatizar o preço.
“Meio milhão, hein? Tá podendo! Vanía, você realmente se deu bem na vida, é a mais estilosa daqui da vila.” O velho elogiou
Vanía com um sinal de positivo.
Vania ergueu a cabeça, saboreando os elogios e a admiração dos moradores. Ela tinha parado o carro ali de propósito, para ser
o centro das atenções.
“Ei, quem é aquela ali carregando um monte de tralhas e com quatro crianças? É a Olivia?” Outro morador notou a família se
aproximando.
“É a Olivia sim, olha só ela, com quatro crianças e ainda carregando as malas nas costas, voltando pra casa, mas que
contraste, hein?” O mesmo que elogiou Vania disse, rindo, ao olhar na direção de Olivia,
Esse sorriso tinha um quê de deboche.