Capítulo 275
Ele podia ter forçado ela a entrar no carro uma vez, mas na segunda ela já estava esperta e não foi tão fácil assim.
Sérgio parou o que estava fazendo e tomou uma atitude que deixou Olivia sem palavras.
O cara me dá uma de atleta e pula do banco de trás para o do motorista.
Pra levá-la em casa, ele tava todo cuidadoso.
Sentado ao volante, Sérgio ligou o motor e partiu com o carro.
Olivia estava com uma dor de cabeça daquelas, não queria ficar devendo nada pra ele, mas o cara sempre fazia questão de
deixá-la em débito.
Ele a ajudou a sair na frente de Elisa, ela lhe devia um favor.
Agora ele está lhe dando uma carona para casa, ela lhe deve dinheiro para a gasolina.
Antes Ela podia ter pago a carona, mas agora, de novo?
Quem já amou de verdade, não esquece só porque quer.
Mas tem gente que, uma vez que você perde, é pra sempre.
Sabendo que não ia dar em nada, ela não podia dar esperanças pra ele.
“Sérgio, deixa o passado pra trás, sem ressentimentos. A gente precisa seguir em frente.”
Ela tentou suprimir as emoções em seu coração, permitindo-se dizer as palavras sem nenhuma emoção.
Depois de dizer isso, ela olhou pela janela do carro.
Sérgio a observou pelo retrovisor, viu a determinação estampada no rosto dela e se sentiu mal, mas não conseguiu dizer nada.
Quando chegaram na entrada do prédio, o carro parou.
Olivia abriu a porta para sair, pronta para procurar a bolsa e pagar a ele.
Mas o carro se mandou.
Olivia então percebeu que havia deixado sua bolsa no carro dele e gritou: “Hey Sergio......”
No entanto, o carro estava tão rápido que não deu a ela a chance de falar e logo desapareceu de sua vista.
Como se tivesse medo de que ela pagasse a passagem para ele como da última vez.
Olivia não teve escolha a não ser ir para casa.
Ainda bem que o celular estava no bolso; ‘na bolsa só tinha um pouco de maquiagem, nada mais.
Ao chegar em casa e abrir a porta, um cheirinho de leite invadiu o ambiente, um aroma que cura a alma, varrendo
imediatamente o cansaço de Olivia.
“Mamãe!”
“Mamãe!”
“Mamãe!”
“Mamãe!”
Quatro pequenos fofos, balançando as perninhas curtas, corriam em sua direção como pinguinzinhos.
Era a coisa mais adorável.
Olivia sorriu e se agachou para cumprimentá-los.
Ouvir aquele carinhoso “mamãe” fez valer a pena toda a exaustão e a dor no coração.
Iria foi a primeira a correr e pulou nos braços de Olivia, com seu rostinho macio pressionado contra o dela, e seu corpo fofo se
chocou com o de Olivia.