Capítulo 369
Ao se mover, sentiu o corpo dolorido e sem forças.
As imagens da noite anterior começaram a aparecer em sua mente, causando uma sensação de formigamento seguida por um
susto.
Ela rapidamente olhou para trás, em direção à cama, mas Daniel já não estava lá.
Levantou–se e saiu da cama.
Seus pés tocaram o chão, mas suas pernas estavam fracas, quase a fazendo cair.
Ela se apoiou na borda da cama e conseguiu se firmar com dificuldade.
Entrou no banheiro, tomou um banho, abriu o guarda–roupa e, sem encontrar suas roupas, teve que se vestir com as de Daniel.
Pegou uma camisa branca e a vestiu; ela batia acima dos joelhos e abaixo das coxas, servindo como um vestido.
Não podendo ficar com as pernas de fora, pegou uma de suas calças sociais e as vestiu.
Como a calça era muito comprida, ela teve que dobrar as pernas da calça para conseguir andar normalmente.
Assim que acabou de se arrumar, abriu a porta e já estava pronta para descer as escadas.
No mesmo momento, como que por coincidência, uma empregada se aproximou com um copo de água e uma pílula nas mãos,
respeitosamente disse: “Srta. Souza, o Sr. Daniel pediu para que tomasse este remédio.”
Olivia olhou para a pílula branca e imediatamente pôde compreender.
Era uma pílula anticoncepcional!
Ah, Daniel realmente detestava crianças, hein!
Então ele estava receoso de que ela pudesse engravidar por acidente?
Olivia já se sentia humilhada, mas ao ver a pílula e pensar que Daniel não gostava de crianças,
e lembrando–se de seus quatro adoráveis pequeninos, sentiu uma dor profunda.
E ficou com muita raiva !
Ela pegou a pílula e a água das mãos da empregada e tomou o remédio.
A empregada pegou o copo e desceu as escadas.
Olivia ficou parada, sentindo dificuldade para respirar, o ar subindo e descendo de tanta raiva.
Daniel não tinha o direito de mantê–la presa, sem permitir que ela saísse!
Quando ele a desejou, porventura não imaginou que ela poderia ficar grávida ?
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Capitulo 369
E ainda lhe deu uma pílula anticoncepcional!
Quanto mais Olivia refletia, mais furiosa ficava.
Ela desceu as escadas, determinada a enfrentar Daniel.
Porém ao chegar lá embaixo, descobriu que Daniel havia saído de casa.
Fábio disse: “O Sr. Daniel saiu bem cedo para trabalhar, Srta. Souza. O seu café da manhã já está pronto. Por favor, venha
comer.”
Fábio era sempre muito educado.
Quando Olivia viu a mesa repleta de comida, sentiu mais raiva ainda e não quis comer.
Caminhou em direção à mesa e com um gesto derrubou os pratos, espalhando mingau de tapioca por todo lado.
Ainda insatisfeita, puxou a toalha de mesa com força, fazendo com que os pratos quebrassem ao cair no chão.
Caranguejos e camarões caíram no chão.
Os empregados e o mordomo Fábio, todos amedrontados, se distanciaram.
Em seguida, Olivia jogou a toalha de mesa para o lado e, olhando para Fábio, disse irritada: “Ligue para o Daniel e fale para ele
que se não me deixar sair, eu farei greve de fome!”
Fábio ficou imóvel, atônito.
Olivia, com as mãos na cintura e respirando profundamente, de novo falou : “Ligue agora, o que está esperando?!”
Fábio voltou a si, pois nunca tinha presenciado uma cena como essa na Villa Serenidade. Ninguém se atrevia a derrubar a
refeição de cima da mesa de jantar.
Embora o Sr. Daniel tratasse Olivia com indiferença, Fábio podia perceber que ela despertava nele um sentimento diferente.
Com muita rapidez, Fábio pegou o celular e ligou para Daniel, enxugando a transpiração da testa e expondo com cuidado: “Sr.
Daniel, a Srta. Souza jogou no chão o café da manhã. Ela falou que, se não a deixar ir, ela fará greve de fome.”