Capítulo 370
Do outro lado da linha, o homem que se chamava Rayan transmitia uma frieza avassaladora.
Com uma voz gelada como o inverno, sem calor algum, ele ordenou: “Então, de agora em diante, não dê nem um grão de arroz
para ela!”
Fábio sentiu um calafrio na espinha, preocupado com Olivia, mas as ordens de Daniel não podiam ser desobedecidas. Com
uma voz trémula, ele aceitou : “Tudo bem, Sr. Daniel...”
“Tuu... Tuu...” Fábio estava terminando de falar quando a linha foi desligada com um tom de ocupado.
Fábio olhou para Olivia.
Ela, com a respiração ofegante, olhava para ele com muita raiva, esperando pela resposta de Daniel.
Fábio disse com pena: “Srta. Souza, você gostaria de descansar um pouco no seu quarto?”
Ouvindo isso, Olivia compreendeu que seu plano não tinha dado certo.
Mesmo fazendo greve de fome, Daniel não iria libertá–la.
As mãos de Olivia, com os punhos fechados, pendiam ao lado do seu corpo. O sofrimento e a fúria em seu coração ficavam
cada vez mais fortes, e até sua respiração ficou pesada.
Ela ficou imóvel, respirando profundamente algumas vezes, antes de se virar e subir as escadas com muita pressa.
Queria telefonar para Jimena e pedir ajuda, mas seu celular estava sem bateria e desligou.
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Procurou no quarto um carregador que pudesse carregar seu celular, mas não encontrou.
Tinha dois carregadores no quarto, ambos para iPhone, enquanto o celular dela era Android.
Sem bateria e sem carregador, ela não podia se comunicar com ninguém.
A inquietação e o medo aumentavam dentro dela.
Ela queria repousar, mas não conseguia dormir.
Ficava andado de um lado para o outro no quarto, aflita e incomodada.
O tempo passava muito rápido e a tarde chegou logo.
Durante esse período, ninguém a procurou e ela não saiu do quarto.
Era como se ela não estivesse na Villa Serenidade.
O sol se pôs e logo anoiteceu.
O corpo de Olivia estava contraído, apavorado só de imaginar a volta de Daniel.
Mas era necessário enfrentar o inevitável, e às sete da noite, Daniel regressou.
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Capitulo 370
Ela escutou o barulho do motor do carro no pátio.
Seus nervos, já tensos, ficaram ainda mais rigidos, e ela permaneceu vigilante.
Em pé no quarto, escutava com muita atenção os barulhos que vinham do lado de fora.
“Clique...” A porta foi aberta.
Um ar frio assustador e sufocante veio da entrada, enchendo o recinto.
O coração de Olivia acelerou e, ao olhar em direção da porta, viu a alta e altiva figura de Daniel entrar, transmitindo autoridade
e indiferença.
Seu rosto bem definido parecia ameaça de um vendaval, tenebroso e congelante.
Ele se aproximou vagarosamente, a presença masculina tornando–se mais forte.
Olivia afastou–se, tomada pelo pavor.
Ela tinha ficado alerta a qualquer ruido a fim de ficar preparada para a volta de Daniel, mas não escutara seus passos antes que
a porta se abrisse.
Será que ele tinha voado até lá em cima?
Ele não fazia nenhum barulho ao caminhar?
Antes que pudesse compreender, Daniel, com sua presença dominadora, já estava ao seu lado. Olivia, apavorada, afastou–se
até não ter para onde ir, seu dorso encostando na beira da
cama.
O peito largo e forte de Daniel se aproximou dela, e ele segurou seu rosto com força, apertando suas bochechas cheias de
colágeno, fazendo com que seus lábios ficassem salientes espontaneamente.
Com suas mãos ásperas com calos finos, tocou na pele dela, transmitindo uma sensação de calor que a fez se arrepiar, uma
mistura de choque e desconforto.
“O que você vai fazer?” Olivia perguntou apavorada.
Com as bochechas apertadas pelas mãos dele, sua voz saía arrastada, quase como o choramingar de uma criança.